Ser mãe é provavelmente a melhor coisa que lhe aconteceu, os filhos fazem com as mulheres se sintam realizadas, vivas, importantes, indispensáveis … cansadas, frustrADAS, CULPADAS! Pois é, ser mãe também implica sentimentos de culpa como poucas ou nenhumas coisas neste mundo! Uma culpa implacável, constante e inflexível, que leva qualquer mãe a sentir-se um fracasso total, mesmo quando está a fazer o seu melhor… E, em algum momento, acontece a todas! Vem com a “função”!
Mas não desanime e fique desde já segura: muitas das coisas que a stressam, na maior parte dos casos não são razão para se sentir culpada.
Saiba então quando dar um desconto a si própria.
“A Culpa Disciplinar”
Impor disciplina é quase um sinónimo de “ser má” e pode fazer qualquer mãe sentir-se a pior mãe de sempre. Queremos que os nossos filhos sejam educados, afectuosos, que saibam distinguir o certo do errado, que respeitem e sejam respeitados. Para isso são imprescindíveis regras e limites. E a mãe tem obrigação de aplicá-las, mesmo que isso faça o seu filho ficar aborrecido ou zangado. É ponto assente para todos os especialistas na área do comportamento infantil: as crianças precisam de regras e limites a fim de se sentirem seguras. Por isso … Não há razão para se sentir culpada.
“A Culpa Social”
Em festas de aniversário ou no parque, por vezes sente que os coleguinhas do seu filho têm um comportamento bem mais adequado do que o seu… Acontece e a culpa torna esses eventos sociais em momentos verdadeiramente insuportáveis. A partilha de momentos com outras mães/filhos pode ser então difícil em particular se entrar no “jogo da comparação”. No entanto se o grupo onde se move facilitar esse jogo e der consigo a querer esconder a cabeça na areia, reavalie o seu círculo social. Sair com outras mães e filhos deve ser um momento de descontração, partilha e relaxe e nunca uma forma de se auto-flagelar.
“A Culpa Nutricional”
Não devemos descurar a alimentação das crianças, é preciso ter cuidado com os açúcares e calorias em excesso e promover uma dieta equilibrada e nutritiva… Tendo isso em mente, deixe-se de fundamentalismos! Um “happy meal” ocasional nunca fez mal a ninguém!
“A culpa de mãe trabalhadora”
Muitas mães sentem uma culpa avassaladora por deixarem os seus filhos ao cuidado de outras pessoas. Outras recebem duras críticas por darem mais valor à carreira do que aos filhos… Mas acredite, este tipo de julgamentos não deve ser tido em conta: mesmo por trás de uma secretária cheia de trabalho continua a ser mãe e ao fim do dia pode “desligar” e entrar no “modo maternal”. É a mãe que sabe o que é melhor para o seu filho (e muitas vezes sabe-o intuitivamente).
“A culpa de mãe não-trabalhadora”
É assim mesmo, não há fuga: a mãe sente-se culpada por trabalhar, a mãe sente-se culpada por não trabalhar! Algumas mães não trabalhadoras sentem-se por vezes cidadãs de 2º classe: seja porque tiraram uma licenciatura e não a usam, seja porque têm um orçamento mais apertado ou simplesmente porque não têm uma “carreira”. O facto é que ser mãe a tempo inteiro não é uma tarefa nada fácil e mesmo que as únicas mensagens no seu e-mail sejam do colégio do seu filho, o seu dia-a-dia é certamente repleto de multitarefas.
“A culpa de mãe descontraída”
A maioria das mães está tão centralizada nas necessidades da família e dos filhos que muitas vezes se esquece de si própria. Não obstante, quando tira algum tempo para si, é quase certo que o sentimento de culpa vai surgir! Estudos mostram que excesso de centralidade nos outros (e na criança) pode tornar-se pouco saudável. Afinal, quem pode realmente fazer um bom trabalho a cuidar dos outros se não estiver realmente bem e em equilíbrio?
Tenha presente que ser mãe é uma tarefa extraordinariamente exigente, sem cursos ou livros de instruções e por isso dê esse tempo a si própria e evite culpas excessivas. Encontre o seu “refúgio” para que, sempre que necessário, consiga um momento para si, uma pausa para reencontrar o seu centro e a sua paz. Pode não eliminar as culpas, mas dá-lhe certamente CLAREZA E ENERGIA para enfrentar cada desafio com mais serenidade.
Acima de tudo... Relaxe e desfrute realmente do tempo com os seus filhos, Super Mamã!
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